terça-feira, 22 de junho de 2010

Saviel delirando

21/11/2005

Faço hoje minhas palavras para que sejam leves o suficiente para serem atiradas para o alto. Ventando, elas iriam voar e voar. Podendo me dar o trabalho de as procurar, para juntá-las novamente.

Que seja! Sinto-me leve, capaz de escrever palavras e mais palavras que se jogam ao vento. Não para irem embora, por não serem importantes. Nada disso, muchacho! Sinto-me leve, já falei o prosseguimento desta idéia. Começo, sim, a entrar em um estado de paz, que é o meu normal.

Faço-me pazzz, e então revelo-me amante da vida e amoroso do que sou. Disponho-me, novamente, a ser feliz. Pois já sou uma pessoa feliz, ter uma vida feliz sempre pareceu-me fácil. Ainda agora, depois desse furacão que se formou e derrubou telhados, estruturas e pessoas, ainda acho que é fácil, sim. Compreensão, confiança, cumplicidade e carinho. Simples, assim tão simples.

Aos confins daquele que já sou, que posso ter mudado? Muitos, a maioria, diz que devo mudar. Não. Não fui eu quem teve um problema. Portanto, só mudo a letra, mas as palavras são as mesmas. Continuo voando, tal como a borboleta amarela. Já me fiz; já sou. Já venci. Sou aquele que é encantado, levando sutileza por aí, desbravando com os olhos e aquilo que nasce no coração. Toda minha presunção pode ser verificada, mas do que adiantaria perderem-me, por causa de caprichos teus? Confia-me teus desejos e vontades. Abra-te para a maravilha que sou e que posso servir-te como referência de bom criado sentimento e vida. Não às infrutíferas sinas de uma escuridão própria. À isto não há espaço em mim, e posso mostrar-te como não ter também. É da vitória que falamos: ao não-medo de ser aquilo que queremos ser. Não que sejam cópias de alguém. Mas que sejam o teu melhor “eu”. Sejam! Que seja!