domingo, 15 de abril de 2012

Saindo do labirinto

"*** *** foi removido dos seus amigos."

Assim o Facebook, através de minha decisão de desfazer a amizade com a pessoa *** *** na rede social, me deu o recado que já foi dado pelos atos de tal pessoa há 5 anos.

5 anos que tentei retomar uma amizade. E não consegui. Desisto. Por 5 anos sinto como se eu tivesse tomado um tiro no coração de uma bala perdida: sem saber por que fui alvejado.

Na vida escolhemos nossos amigos, também somos escolhidos como amigos por outros. E a amizade é um sentimento tão forte que acreditamos que jamais vai acabar. Mesmo nas brigas, nos momentos difíceis, a gente sempre acha que "uma hora tudo vai ficar bem".

Cansei de pensar isso. 5 anos, tentando, me aproximando, dando oportunidades e nada. O pior é que essa amizade entrou por este labirinto sem uma briga. Sem algo claro --por isso mesmo, um labirinto: um caminho sem referências.

Como ensinou mestre Jorge Luiz Borges, estamos sempre em bifurcações, escolhendo caminhos e deixando outros. Esta pessoa me deixou de lado ao escolher um caminho novo para ela há 5 anos atrás. As pessoas mudam: eu mudei, essa pessoa mudou. Que cada um siga seu caminho sem o outro, aliás, que eu siga meu caminho sem essa pessoa; pois ela já o faz há 5 anos.

Ficarão as boas lembranças; mas também, provavelmente, a mágoa de ter sido excluído da vida desta pessoa, sem que se explicitasse o porquê disto.

Enfim, hoje saí deste labirinto que virou esta minha amizade. Que o sofrimento fique por aqui, se possível. Que a cicatriz no coração, como a marca da bala na janela, um dia suma --ou, ao menos, não volte a abrir e a jorrar sangue.


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