quinta-feira, 25 de março de 2010

Do narcisismo tatuado ou da amizade?

Acredito que preocupar-se com a própria existência é algo que, cedo ou tarde, dar-se-á em todos. Este post será um tanto narcisístico, quase uma ode ao que eu sou. Espero que leiam ele todo, pois acredito mostrar que não é apenas para mim - ainda que seja muito para mim.

Há algo que sempre me motivou a ser o que sou: o carinho das pessoas. Sinto que sou uma construção coletiva, de diversas pessoas que passaram em minha vida. Citarei algumas, tais como minha mãe (com todo seu caráter idôneo, sua calma, sua sensibilidade), meu avô materno (com seu jeito desleixado e encantador), minha avó materna (com sua simplicidade, de gostar das coisas simples da vida, de procurar ajudar o próximo, da gentileza), meu pai e sua família paterna (mais como um não-aceitamento de seus defeitos, tais como arrogância), minha tia materna (com seu jeito maluquinho e encantador, com um Q de misticismo).

Além da família, com nossos amigos vamos nos construindo, em uma intensa troca, desde a infância, passando pela a juventude. Tive amigos que mostraram-me que as dificuldades são parte mais importante da vida; mas tive amigos que mostraram-me que divertir-se era algo ainda mais importante na vida. Tive amigos que juraram lealdade e assim são até hoje; mas tive aqueles que, pelas costas, cometeram traições injustificáveis. Tive amigas que tornaram-se namoradas; bem como tive namoradas que voltaram a tornar-se amigas. Tive amigos que me compreenderam e os que não me compreenderam; uns passaram a mão na minha cabeça quando errei; outros criticaram-me fortemente por ter errado. Tive amigos que acreditei serem 100% e para sempre, mas que não os foram... E dói. Até hoje - mas ainda não me dei por vencido.

De tudo isto dito, o que queria mais comentar é que sou, um tanto, carente de manifestações de afeto: gosto de ser paparicado - não é à toa que tanto paparico meus amigos. Vocês, meus amigos, têm sido os arquitetos disto que sou. Disto que gostam, afinal, todos tentamos fazer coisas que gostamos.

Por vezes, gostaria de tatuar em meu corpo algumas palavras, frases que meus amigos expressam sobre mim. Imagine vocês encontrarem tatuado no lado interno do meu antebraço direito a frase "Você é o melhor amigo que uma pessoa pode ter", seguida de "Você é o amigo perfeito para mim, você tem consideração e se importa com as pessoas", porque são da mesma pessoa. Na batata da perna (porque ali esteve escrito no gesso que certa vez coloquei) estaria tatuado "Você é o melhor presente que eu já recebi". No peito, estaria tatuada a frase "Amo você e amo ser sua amiga. Você é uma das pessoas mais doces do mundo e eu não conseguiria mais ir para a UERJ e não ver o seu sorriso sempre amigo e os seus braços estendidos para me abraçar". Ainda no peito, mas em outro lado, estaria tatuado "Nos entendemos mesmo no silêncio, mesmo na distância". Nas costas, mais uma tatuagem "Saiba que quando penso no mundo e acho que não existem amizades que nem essas mostradas na tv, cinema e seriados (que eu até invejo), penso na nossa e percebo que estou errada". Também teria tatuado "O QUÊ é você?? Quem fez você?? Que isso, nunca conheci ninguém tão encantador em toda a minha vida..."

Creio que basta... Esta última já diz tudo: vocês me fizeram, vocês me fazem. E agora, já tenho vontade de tatuar mais! Precisaria encontrar novos lugares do corpo para tatuar belos carinhos que surgiram por aqui:

"Você não é apenas prosa. É também a melhor tradução da poesia, com seu jeito doce, amigo, compreensivo, meigo, cativante...";
"Você é um doce, um cara fora de sua época. Mas não da época atrás, dessa que vem, que ninguem sabe.";
"Existem rios de águas claras como você, que transparecem seu lado mais íntimo sem temer qualquer julgamento, que se doa ao que está ao lado, sem pedir nada em troca."

Onde as tatuar? No peito, nas costas, no braço, na perna... Em suma, todas as manifestações de afeto - estes paparicos que tanto amo e me deixa nas nuvens, ficam gravados na minha alma.

JPassaro não quis fazer deste texto um narcisismo desenfreado. De mostrar o quanto ele é/foi querido. Mas, sim, meus amigos, que gostaria de vê-los, de tocá-los TODOS os dias. Vocês são meus arquitetos, são meu combustível, são meu sangue. Sem vocês, o que sou?

3 comentários:

  1. QUE LINDOOOOOOOOOOO!!!! Mas deixa eu te paparicar mais:

    TE AMO, TE AMO, TE AMO, TE AMO!!!!

    Nas duas vezes que fui à faculdade nesse semestre, senti um vazio por saber que não te encontraria por lá. Engraçado, né? Já cruzei com o Fabrício e ainda vou cruzar com a Fabi e a Raquel. Mas JPássaro voou pra longe... Só deve dar as caras pra defender a monografia. Tá estranha a ECO sem vc por lá...

    Seu texto é primoroso! Amei do fundo do coração! Siga escrevendo, meu amigo. Lindo seu blog!

    Beijos!

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  2. Meu Deus, que coisa bela! Reconheci uma tatoo que bordei aí hein, hahaha

    Faça isso Ti estampe na alma. E esse coisa de paparico típico de leonino, eu sou assim tb, lua em leão, bjussssss

    AMO! MUITO!

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  3. Aieeeeeeeeeeeee que coisa linda!!!!

    A minha tatoo tinha que ser na testa, pra todo mundo ver! hahaha!
    Amigo, é muito bom te ter por perto, isso vou dizer redizer e repetir sempre e sempre!

    TE AMO!

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