terça-feira, 27 de abril de 2010

Caval(h)eiro

Caval(h)eiro

Há muito tempo atrás existiam histórias mais bonitas de amor
Dos tempos em que os homens lutavam com espadas e escudos
Brandiam-se as espadas ora pela guerra, ora pela honra
E o poder de um cavaleiro fulminava corações das mulheres

O cavaleiro lutava contra o mundo para mostrar-se um herói
Por sua honra ele não poupava esforços e sangue
Por sua amada, valia-se de coragem e intrepidez
E o amor nascia de uma epopeia

Findaram-se as lutas por um amor com espadas e guerras
A sociedade agora é civil, do cavaleiro ao cavalheiro
Mesmo a eloqüência de um amor torna-se banal
Visto que muitos casais dizem amar solenemente para a vida toda

Aff

Um romantismo epopeico de lutas com espadas perdeu espaço
Os mitos ficaram, mas suas histórias apenas são estórias para crianças
Não parecem trazer força de ousar, de lutar, de brandir!
Há muito tempo atrás existiam histórias mais bonitas de amor

Não tenho espadas, nem escudos, literalmente
Mas minhas armas são meu carinho, meu beijo, meus gestos
Meu escudo é a felicidade, a esperança, meus abraços
Uma mistura de cavaleiro com cavalheiro, este eu sou

Que vivamos nestes tempos uma alegoria daquele passado
Que façamos do amor um amor epopeico daqueles tempos
Que amemos nossa história, nosso sentimento e um ao outro
Que as centelhas surjam em nossos beijos como quando as espadas brandiam


escrito em 12/02/2006

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